USP de Ribeirão Preto instala primeiro fotômetro de massa do Brasil
21/09/2025
(Foto: Reprodução) USP de Ribeirão Preto ganha aparelho que mede moléculas com uso de luz
A faculdade de física da USP em Ribeirão Preto (SP) inaugurou o primeiro fotômetro de massa a laser do Brasil, um equipamento capaz de pesar moléculas em uma escala bilionésima. A tecnologia deve impulsionar pesquisas em áreas como saúde, além de auxiliar no desenvolvimento de vacinas e diagnósticos.
Com o microscópio, é possível ampliar em até um bilhão de vezes o que é invisível a olho nu. A técnica foi desenvolvida pela Universidade de Oxford.
As imagens geradas pelo equipamento mostram pequenas bolinhas. Quanto mais escuras, mais pesadas são as moléculas. O fotômetro é capaz de calcular sozinho a quantidade de moléculas iguais e realiza análises e contas complexas de forma automática.
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Quanto mais escuras as moléculas, maior é o peso.
Reprodução: EPTV
O equipamento foi instalado em uma central multiusuários e pode ser usado por pesquisadores e empresas por meio do site uspmulti.prp.usp.br.
"Esse equipamento está instalado em uma central multiusuários, ele é aberto para uso de pesquisas cientificas, tecnológicas e informação de pessoas que estão nas universidades, mas também de outros sensos de pesquisa e de empresas", afirma o professor Antônio José da Costa Filho, responsável por viabilizar a aquisição.
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Avanços em vacinas
A análise dessas pequenas moléculas pode levar a novas descobertas na área da saúde. Um dos projetos que utiliza o novo equipamento é coordenado pelo pesquisador José Luiz Lopes, que busca uma alternativa às vacinas aplicadas por agulha.
"As vacinas comerciais, que são dadas via intramuscular, a gente está tentando substituir por vacinas orais, e como a gente faz isso? Com partículas de sílica, que são grãozinhos porosos onde a gente precisa incorporar os antígenos lá dentro. Então conhecer esse tamanho que ela [molécula] possui é importante para regular a entrada e a saída dessa proteína na partícula de sílica."
A análise dessas pequenas moléculas pode levar a novas descobertas na área da saúde.
Reprodução: EPTV
Além de apoiar pesquisas em imunização, o fotômetro pode colaborar em outros estudos, como no desenvolvimento de medicamentos e diagnósticos.
"Uma nova tecnologia abre possibilidades para termos novas ideias e propor novos métodos, como o diagnóstico de sensoriamento de moléculas, por exemplo. Imagina que você vai tomar um medicamento para tratar uma determinada doença, em última instância, é a molécula que interage com outra e dispara um processo em você que vai causar a melhora", diz Costa Filho.
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