Quatro dias sem luz na Grande SP: Idoso de 92 anos cai em prédio às escuras

  • 13/12/2025
(Foto: Reprodução)
Quatro dias sem luz na Grande SP Moradores e comerciantes de bairros da Grande São Paulo enfrentam, nesta semana, uma crise prolongada no fornecimento de energia elétrica. Em algumas regiões, já são quatro dias consecutivos sem luz, situação que tem provocado prejuízos econômicos, insegurança e até acidentes graves. Um idoso de 92 anos caiu dentro do prédio onde mora, no Brás, na região central da capital, ao tentar subir as escadas no escuro. O acidente aconteceu na tarde de sexta-feira (13). Segundo a síndica do prédio, Fernanda Chaves, o morador caiu no quarto andar e foi encontrado desacordado pelo zelador, com a ajuda de outro morador. Enel diz que o fornecimento de energia em SP deve ser normalizado até o fim de domingo “Ele caiu no quarto andar. Foi quando o zelador encontrou ele caído, junto com um morador que ficou ajudando. Depois, ele voltou à consciência”, relatou. O idoso foi levado ao hospital com um ferimento na cabeça e permanece internado. De acordo com os moradores, o prédio estava sem energia desde quarta-feira (11). Após o acidente, técnicos da Enel chegaram ao local e religaram a luz cerca de uma hora depois. Segundo os moradores, ao menos 70 chamados foram abertos junto à concessionária desde o início do apagão, sem retorno efetivo. A falta de energia tem afetado elevadores, iluminação de áreas comuns e o abastecimento de água, que depende de bombas elétricas. Idoso cai em escada em prédio às escuras Reprodução Justiça manda Enel religar energia imediatamente para quem foi prejudicado com o apagão Prejuízo no comércio A situação também tem causado grandes prejuízos ao comércio, especialmente no setor de alimentos. Na Rua Condessa de São Joaquim, na Bela Vista, região central de São Paulo, parte das lojas abriu as portas com a ajuda de geradores ou funcionando praticamente no escuro. Em um açougue da região, a dona do estabelecimento, Val Ramalho, conta que já precisou descartar metade do estoque. “A luz acabou na quarta-feira e, na quinta, já tivemos que jogar mercadoria fora. Carne fresca não pode ficar sem refrigeração. De lá pra cá, foi metade do estoque”, disse. Ela afirma que a falta de informações claras agrava ainda mais o problema. “A gente liga e dizem que tem caminhão na região, mas não falam se é hoje ou amanhã. Não dão data específica. A gente não vê ninguém”, relatou. Emocionada, Val disse que não consegue dormir há dias. “É uma tristeza. Já chorei. Tem três dias que eu não durmo, acordo às quatro da manhã ligando pra ver se a energia chegou, pra saber como a gente vai trabalhar.” Açougue vazio Reprodução Famílias improvisam para não perder comida Nos bairros afetados, moradores improvisam para tentar conservar alimentos. Na Rua Humaitá, apenas a Unidade Básica de Saúde (UBS) tem energia, por contar com um gerador da própria Enel. Nas casas ao redor, geladeiras e freezers ficaram desligados por dias. O morador Ben, que vive próximo à UBS, perdeu parte da comida armazenada. “Já estragou algumas coisas, comida que eu comprei. A geladeira já está meio vazia, porque eu tive que tirar as coisas”, contou. O motoboy Cássio Henrique da Silva tenta salvar o que restou da compra do mês usando isopor e gelo. “Meu congelador estava cheio. Eu tinha acabado de fazer compra, foi no dia 10”, disse. Decisão da Justiça Diante da situação, a Justiça notificou a Enel nesta sexta-feira e determinou o restabelecimento imediato do fornecimento de energia nas áreas afetadas. Na decisão, o juiz afirma que a crise atual não é um episódio isolado, citando apagões ocorridos em 2023 e 2024. O texto destaca que, desta vez, a omissão da concessionária é particularmente grave, com mais de 72 horas sem um plano de contingência eficaz e sem comunicação minimamente adequada com a população. Para a Justiça, isso evidencia uma grave falha estrutural na prestação do serviço. A Enel afirma que está preparada para situações como essa. Segundo Marcelo Puertas, diretor da Regional Norte da Enel São Paulo, a empresa executa anualmente um plano de contingência chamado “Plano Verão”. “A gente se prepara o ano inteiro para esse momento. No ano passado, fizemos poda em cerca de 600 mil áreas. Neste ano, vamos chegar próximo de 700 mil”, afirmou. Enquanto aguardam uma solução definitiva, alguns moradores decidiram deixar a capital. O casal Ashley Justino Araújo e Aline Teixeira foi para São Roque, no interior paulista, onde mora a família de Aline. O prédio onde eles vivem está sem luz e sem água. “Não tem condições de ficar aqui. Meus pais viram pela televisão o que estava acontecendo e nos convidaram para ir para lá. Vamos ficar até restabelecer a energia, porque não temos previsão”, disse Aline. Ashley relata que a permanência em São Paulo se tornou inviável. “A gente já está gastando com hospedagem, alimentação fora, dependendo de outras pessoas para tomar banho e se alimentar. Ainda tem o cuidado com o pet. Nessas condições, a melhor forma foi sair de São Paulo”, afirmou. A Enel informou que a expectativa é normalizar o fornecimento de energia até o fim do domingo, o que totalizaria cinco dias desde o início do apagão.

FONTE: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2025/12/13/quatro-dias-sem-luz-na-grande-sp-idoso-de-92-anos-cai-em-predio-as-escuras.ghtml


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